QUEM CORRE POR GOSTO NÃO CANSA

Sábado passado, dia 1 de Abril, foi dia de mais uma caminhada ao Gerês.
Fará 3 anos em Setembro que a minha amiga imigrada me levou àquela que seria a primeira de muitas aventuras nesta montanha.
Começou por ser um grupo bastante grande que se transformou num bem mais pequeno mais ou menos fiel a estas andanças. Já nos aventuramos inclusivé a passar lá a noite, o que apesar das dores de costas no dia seguinte, foi sem dúvida nenhuma uma experiência fantástica! Há o desafio de, em Agosto, passarmos cinco dias inteirinhos a percorrer todo o parque natural. Será que acontecerá? Será que conseguiremos? Eu já marquei as férias!!!!

Mas este Sábado foi a típica caminhada. Saír do Porto de manhã cedo, pegar na mochila e enfrentar a montanha com tudo que elas nos oferece: pedras, água, subidas íngremes, descidas ainda mais íngremes, arbustos, vestígios de animais que por ali andam (garranos, vacas, ovelhas, eventualmente lobos até...), cansaço e uma sensação interior de muita paz e liberdade!
É no meio do monte, neste cenário de beleza natural, que chegamos à conclusão que somos de facto pequeninos no mundo. Andamos, subimos, subimos e quanto mais subimos mais temos para subir! Alguém nos lembra que é preciso descer, mas a vontade é continuar "até ao infinito e mais além"!
O S. Pedro foi nosso companheiro, apesar das nuvens não nos terem deixado e de ainda termos experimentado por três vezes o sabor da chuva miúdinha. É assim que eu mais gosto de explorar o Gerês, porque nem está muito frio nem muito calor.
Desta vez começamos (e acabamos, claro está!) no local onde uma aldeia deu em tempos lugar a uma barragem, Vilarinho das Furnas.

Terminamos o dia à procura do nosso já habitual chocolate quente na Vila do Gerês, mas não sei se por ser o dia das mentiras, pregaram-nos uma partida: o café estava fechado! Tivemos que nos contentar com um cházinho lá mais à frente, que diga-se de passagem a mim me fez muito bem já que pelo facto de ter ido à boleia e não estar habituada a fazer aquelas curvas sem ser a conduzir, enjoei...
No final é sempre um misto de cansaço e satisfação, e enquanto recuperamos desta, estamos já a pensar na próxima! Porque quem corre por gosto não cansa!

Foi por aqui que andamos: